FLOR AMARELA: estudo sobre as formas de dominação e resistência em Brumadinho

Dissertação de Mestrado Acadêmico

Autor(es)

Frederico Dornellas Martins Quintao (Quintao, Frederico Dornellas Martins) / fredericodmq@gmail.com

Programa de Pós-graduação em Administração

Área de conhecimento

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E DE EMPRESAS, CIÊNCIAS CONTÁBEIS E TURISMO

GESTÃO ESTRATÉGICA DAS ORGANIZAÇÕES

Orientador(es)

Armindo dos Santos de Sousa Teodósio

Coorientador(es)

André Luiz Freitas Dias

Banca Examinadora

Marcus Vinícius Peinado Gomes ( CARDIFF UNIVERSITY )

Yuna Souza dos Reis da Fontoura ( FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS )

31/03/2022


FLOR AMARELA: estudo sobre as formas de dominação e resistência em Brumadinho

Palavras-chave em Português

Desenvolvimento

Espetáculo

Necropolítica

Resistência

Violência

A história do extrativismo e da mineração brasileira remetem às práticas da colonização. Além do passivo ambiental, a herança institucional é um dos grandes empecilhos para a melhora na qualidade de vida das pessoas, seja por corrupção e investimentos desiguais ou por violações de direitos humanos orquestrados por mercado e estado. A cidade de Brumadinho reflete uma história secular, povoada por interesses econômicos da época colonial que avançaram até um rompimento de barragem de vitimou 273 pessoas e que não deu fim a tragédia. A reparação dos efeitos e a chegada de novos atores institucionais agravaram o contexto dando início a uma segunda onda da tragédia. Para compreender melhor a história das violações e resistências em Brumadinho, lanço mão de um estudo qualitativo crítico dividido em três momentos: Análise da primeira onda da tragédia oriunda do rompimento da barragem; Estudo da segunda onda da tragédia originado da reparação e; Resgate dos modos de existência na cidade. Os resultados apontam que a primeira onda foi protagonizada pela mineradora com anuência dos órgãos de controle do estado, com devastação repentina e devastadora. A segunda onda é protagonizada pelo estado, instituições de justiça e movimentos sociais de fora, causando revitimização, roubo de protagonismo e não-reparação dos danos. Por fim, o resgate da existência e resistência no território mostra que a cidade se regenera por si própria, pautada nos laços de solidariedade e cooperação entre moradores, unidos pela sensação de pertencimento local, em respeito à natureza e as pessoas.


YELLOW FLOWER: study on forms of domination and resistance in Brumadinho

Palavras-chave em Inglês

Development

Necropolitic

Resistence

Spectacle

Violence

The history of extractivism and Brazilian mining refers to the practices of colonization. In addition to environmental liabilities, institutional heritage is one of the major obstacles to improving people's quality of life, whether due to corruption and unequal investments or human rights violations orchestrated by the market and the state. The city of Brumadinho reflects a secular history, populated by economic interests from the colonial era that advanced until a dam rupture that killed 273 people and did not end the tragedy. The repair of the effects and the arrival of new institutional actors worsened the context, starting a second wave of the tragedy. To better understand the history of violations and resistance in Brumadinho, I use a critical qualitative study divided into three moments: Analysis of the first wave of the tragedy resulting from the dam failure; Study of the second wave of the tragedy originated from the reparation and; Rescue of the modes of existence in the city. The results show that the first wave was carried out by the mining company with the consent of the state control bodies, with sudden and devastating devastation. The second wave is carried out by the state, justice institutions and social movements from outside, causing re-victimization, theft of protagonism and non-repair of damages. Finally, the rescue of existence and resistance in the territory shows that the city regenerates itself, based on the bonds of solidarity and cooperation between residents, united by the feeling of local belonging, in respect for nature and people


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