“AQUI NÃO TEM MÁSCARAS AFRICANAS?” A educação étnico-racial em uma EMEI e a experiência com o Percurso Território Negro em museus de Belo Horizonte/MG

Dissertação de Mestrado Acadêmico

Autor(es)

Andreza Mara da Fonseca (Fonseca, Andreza Mara da) / a.m.r.oliveira@pbh.gov.br

Programa de Pós-graduação em Educação

Área de conhecimento

EDUCAÇÃO

EDUCAÇÃO ESCOLAR E PROFISSÃO DOCENTE

Orientador(es)

Vania de Fatima Noronha Alves

Banca Examinadora

Magali dos Reis ( PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS )

Lucimar Rosa Dias ( UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ )

31/10/2019


“AQUI NÃO TEM MÁSCARAS AFRICANAS?” A educação étnico-racial em uma EMEI e a experiência com o Percurso Território Negro em museus de Belo Horizonte/MG

Palavras-chave em Português

Currículo.

Educação das Relações Étnico-Raciais.

Educação Infantil.

Educação Museal.

Percurso Território Negro.

Esta dissertação deriva de uma inquietação sobre o que e como os museus e as escolas que atendem a infância oferecem elementos para a reflexão acerca da presença do negro no Brasil. Ao elencar a tríade infância, educação das relações étnico-raciais e a linguagem museal como objetos de investigação, coloca-se em pauta a discussão sobre a temática racial, com base na escuta do que diz a criança, como foco da pesquisa. Esta tríade fez emergir a inquietação inicial sobre quais narrativas são elaboradas pelas crianças e as relações étnico-raciais ao visitar museus pertencentes ao Percurso Território Negro do Circuito de Museus de Belo Horizonte em Minas Gerais. Outras questões abordadas são: existem estratégias curriculares mobilizadoras para a realização das visitas das crianças aos museus? Se sim, quais são elas e como são exploradas pelo currículo? Com base nessas problematizações, o objetivo da proposta de pesquisa foi investigar as narrativas das crianças sobre as relações étnico-raciais, dos negros em particular para compreender como são desenvolvidas pelo currículo de uma Escola Municipal de Educação Infantil (EMEI) de Belo Horizonte, tendo como mediação a educação Museal, especificamente relacionada ao Percurso Território Negro pertencente ao Circuito de Museus. A metodologia qualitativa adotou o estudo de caso e o trabalho de campo foi realizado em uma EMEI da Região Oeste de Belo Horizonte, com um grupo de crianças de 5 a 6 anos. Mesmo assim, duas grandes temáticas sobressaíram no campo: a presença do negro no Brasil e no mundo; as relações presentes no currículo, documentos e práticas escolares. O campo também evidenciou a frustração pela não continuidade das visitas, suspensas pela PBH/SMED. Dessa forma, esta dissertação contribui relatando a emergência de futuros estudos para o potencial educacional da educação museal e das relações étnico-raciais, uma educação voltada para a valorização da diversidade étnico-racial, além da continuidade de políticas educacionais que ampliem o repertório cultural, a presença e participação das crianças nas cidades


“THERE ARE NO AFRICAN MASKS?” Ethnic-racial education in an EMEI and the experience with the Percurso Território Negro in museums in Belo Horizonte / MG

Palavras-chave em Inglês

Child education.

Education of Ethnic-Racial Relations.

Museums education.

Percurso Território Negro

School Curriculum.

This dissertation stems from a concern about how museums and primary schools play an important role in reflecting on the presence of black people in Brazil. By explaining the triad childhood, ethnic-racial education and museum language as objects of investigation, arises the discussion about race through listening to the children, which is the focus of this research. Placing this initial inquiry raises the discussion about which narratives are built by the children about ethnic-racial relations when visiting museums belonging to the Percurso Território Negro, located in Belo Horizonte, Minas Gerais. Other issues addressed are: there are curricular strategies mobilizing children to visit museums? If so, what are they and how are they explored by the curriculum? Based on this discussion, the objective of the research proposal was to investigate the children's narratives about ethnic-racial relations, of black people in particular, to understand how they are developed by the curriculum of a Municipal School of Early Childhood Education (EMEI) from Belo Horizonte, having the museum education as a tool, specifically that related to the Percurso Território Negro belonging to the Museum Circuit. The qualitative methodology applied was the case study and the field research was performed in a EMEI in the west of Belo Horizonte, with a group of children from 5 to 6 years. Even so, two major themes stood out in the field: the presence of black people in Brazil and in the world; the relationships present in the curriculum, documents and school practices. The field also evidenced the frustration and compromise of data and research results due to the non-continuity of visits, suspended by PBH / SMED. Thus, this dissertation contributes by reporting the emergence of future studies for an education aimed at valuing diversity, as well as the continuity of educational policies that expand the cultural repertoire, the presence and participation of childhood in cities.


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