Tese de Doutorado Acadêmico

Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais

CIDADES: CULTURA, TRABALHO E POLÍTICAS PÚBLICAS

12/03/2021

CONTROVÉRSIAS DA ALA DAS “BICHAS”: ANÁLISE SOBRE A REPRESENTAÇÃO SIMBÓLICA DA ALA PARA OS DETENTOS LGBT E SERVIDORES PÚBLICOS QUE ATUAM NO SISTEMA PRISIONAL DE MINAS GERAIS

Este estudo tem por objetivo analisar a representação simbólica de uma Ala destinada aos homossexuais, bissexuais, travestis e transexuais encarcerados, no sistema penitenciário de Minas Gerais e, como esses sujeitos vivenciam e constroem seu universo no referido espaço. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, realizada em duas unidades prisionais que amparam essa política pública: Penitenciária Professor Jason Soares Albergaria e Presídio de Vespasiano, ambas localizadas na região metropolitana de Belo Horizonte. Foram utilizadas as técnicas de observação direta em espaço e tempo delimitado pelos gestores do sistema prisional, análise de documentos disponíveis e entrevistas com gestores, com servidores técnicos que atuam nas unidades e com presidiários da Ala LGBT. Para a leitura analítica, foram organizadas categorias com base nos objetivos propostos para essa pesquisa que se constituíram nos quatro capítulos dessa tese. Os resultados apontam para os seguintes pontos: do ponto de vista operacional, os estudos em ambientes prisionais encontram impasses formais e burocráticos que limitam a sua abrangência e; as representações sociais construídas sobre a Ala LGBT, é uma espécie de ferramenta para a manutenção do status social, tendo em vista que as identidades individuais e, principalmente sexuais, estão entrelaçadas a uma rede de poder que define posições de hierarquia entre os grupos. Nas narrativas dos gestores e dos servidores das prisões analisadas, a Ala LGBT apresenta desafios tanto de cunho estrutural, quanto de interações sociais, perspectivas e visão de mundo, além da maneira especial de enfrentamento da pandemia do novo coronavírus em regime fechado; para os LGBTs em privação de liberdade, a Ala é um espaço de proteção onde possam externar sua sexualidade e identidade de gênero sem opressões e abusos, cumprindo pena com um pouco mais de dignidade.

CONTROVÉRSIAS DA ALA DAS “BICHAS”: ANÁLISE SOBRE A REPRESENTAÇÃO SIMBÓLICA DA ALA PARA OS DETENTOS LGBT E SERVIDORES PÚBLICOS QUE ATUAM NO SISTEMA PRISIONAL DE MINAS GERAIS

Este estudio tiene como objetivo analizar la representación simbólica de un Ala para homosexuales, bisexuales, travestis y transexuales encarcelados, en el sistema penitenciario de Minas Gerais y, cómo estos sujetos viven y construyen su universo en ese espacio. Se trata de una investigación cualitativa, realizada en dos unidades penitenciarias que sustentan esta política pública: el Penitenciario Profesor Jason Soares Albergaria y el Presidio de Vespasiano, ambos ubicados en la región metropolitana de Belo Horizonte. Se utilizaron las técnicas de observación directa en el espacio y tiempo limitado por los gerentes del sistema penitenciario, análisis de documentos disponibles y entrevistas con gerentes, con los servidores técnicos que laboran en las unidades y con los internos del Ala LGBT. Para la lectura analítica se organizaron categorías en base a los objetivos propuestos para esta investigación, los cuales se constituyeron en los cuatro capítulos de esta tesis. Los resultados apuntan a los siguientes puntos: desde el punto de vista operativo, los estudios en entornos penitenciarios encuentran impases formales y burocráticos que limitan su alcance y; las representaciones sociales construidas en el Ala LGBT, es una especie de herramienta para el mantenimiento del estatus social, considerando que las identidades individuales, y especialmente las sexuales, se entrelazan con una red de poder que define posiciones jerárquicas entre grupos. En las narrativas de los directivos y personal penitenciario de los centros penitenciarios analizados, el Ala LGBT presenta desafíos tanto de carácter estructural como de interacciones sociales, perspectivas y cosmovisión, además de la forma especial de afrontar la nueva pandemia de coronavirus en régimen cerrado; para las personas LGBT en privación de libertad, el Ala es un espacio de protección donde pueden expresar su sexualidad e identidad de género sin opresión y abuso, cumpliendo condena con un poco más de dignidad.

CONTROVÉRSIAS DA ALA DAS “BICHAS”: ANÁLISE SOBRE A REPRESENTAÇÃO SIMBÓLICA DA ALA PARA OS DETENTOS LGBT E SERVIDORES PÚBLICOS QUE ATUAM NO SISTEMA PRISIONAL DE MINAS GERAIS

This study aims to analyze the symbolic representation of an wing for homosexuals, bisexuals, transvestites and transsexuals incarcerated, in the penitentiary system of Minas Gerais and, how these subjects experience and build their universe in that space. It is a qualitative research, carried out in two prison units that support this public policy: The Penitentiary Professor Jason Soares Albergaria and The Presidio of Vespasiano, both located in the metropolitan region of Belo Horizonte. The techniques of direct observation in space and time limited by the managers of the prison system, analysis of available documents and interviews with managers, with technical servants who work in the units and with inmates of the LGBT Wing were used. For the analytical reading, categories were organized based on the objectives proposed for this research, which were constituted in these four chapters of this thesis. The results point out to the following points: from an operational point of view, studies in prison settings encounter formal and bureaucratic impasses that limit their scope and; the social representations built on the LGBT Wing, is a kind of tool for the maintenance of social status, considering that individual identities, and especially sexual ones, are intertwined with a power network that defines hierarchical positions between the groups. In the narratives of the managers and staff of the prisons analyzed, the LGBT Wing presents challenges both of a structural nature and of social interactions, perspectives and worldview, in addition to the special way of coping with the new Coronavirus pandemic in an incarcerated regime; for LGBTs in deprivation of liberty, the wing is a space of protection where they can express their sexuality and gender identity without oppression and abuse, serving time with a little more dignity.