PSICOLOGIA E PROTEÇÃO INTEGRAL INFANTOJUVENIL: cartografia de uma prática jurídica e interinstitucional

Dissertação de Mestrado Acadêmico

Autor(es)

Enrico Martins Braga (Braga, Enrico Martins) / enricobragabh@gmail.com

Programa de Pós-graduação em Psicologia

Área de conhecimento

PSICOLOGIA

PROCESSOS DE SUBJETIVAÇÃO

Orientador(es)

Roberta Carvalho Romagnoli

Banca Examinadora

Maria Ignez Costa Moreira ( PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS )

Maria Livia do Nascimento ( UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE )

06/03/2020


PSICOLOGIA E PROTEÇÃO INTEGRAL INFANTOJUVENIL: cartografia de uma prática jurídica e interinstitucional

Palavras-chave em Português

Assistência Social

Cartografia

Infância e Juventude

Interinstitucionalidade

Poder Judiciário

Proteção Integral

Psicologia

Este estudo percorre as linhas de inserções do trabalho da equipe de Psicologia em um estabelecimento do Poder Judiciário da área cível e protetiva do segmento infantojuvenil no município de Belo Horizonte. O método de pesquisa utilizado é a cartografia, que almeja romper com as condições de conhecimento científico encontradas em paradigmas que compartilham da lógica da Ciência Experimental Moderna. Como alternativa ao processo hipotético-dedutivo, a pesquisa cartográfica privilegia o encontro e a construção de um plano comum entre participantes e pesquisador. A proposta é referenciada no paradigma emergente da Filosofia da Diferença de Gilles Deleuze e Félix Guattari. O ponto de partida da investigação é a análise da implicação do pesquisador, um recurso da Análise Institucional de René Lourau que permite uma leitura dos atravessamentos institucionais dentro da situação de intervenção. Tais experimentações são apresentadas em primeira pessoa, já que o pesquisador é o vetor da demarcação da interinstitucionalidade e do mapeamento das linhas que remetem à atuação dos(as) psicólogos(as) no contexto jurídico. Os percursos acompanhados indicam a reflexão sobre modos especializados de atuação profissional, em um cenário de precariedade macro e micropolítica, que produzem jurisdicionalização, em especial na interface com estabelecimentos da política pública de assistência social. A produção de dados aponta para endurecimentos na complexidade do dispositivo de Proteção Integral, ou seja, para a reprodução de modos de atuação e saberes psicológicos de caráter eminentemente pericial para com indivíduos, famílias, crianças e adolescentes em situações de risco e vulnerabilidade social; mas, também, para iniciativas criativas e inovadoras nas práticas encontradas, tendências de cuidado e atenção que extrapolam os contornos institucionais. Os participantes apontam para processos históricos de consolidação de suas atividades, em uma perspectiva voltada para os direitos sociais, que na atualidade contrastam com a falta de recursos humanos, com a precarização das condições de trabalho e situações que dificultam a viabilização da proteção integral para a população infantojuvenil. Por fim, a validação dos dados está atrelada à dimensão participativa, que indica uma construção coletiva entre o pesquisador-trabalhador e os(as) profissionais em procedimentos que objetivam uma pesquisa-intervenção.


PSICOLOGÍA Y PROTECCIÓN INTEGRAL INFANTIL Y JUVENIL: cartografía de na practica jurídica y interinstitucional

Palavras-chave em Espanhol

Asistencia social

cartografía

Infancia y juventud

Interinstitucionalidad

Poder Judicial

Protección Integral

Psicología

Este estudio pasa por las líneas de inserción del trabajo del equipo de Psicología en un establecimiento del Poder Judicial del área civil y protección del segmento infantil y juvenil en la ciudad de Belo Horizonte. El método de investigación utilizado es la cartografía, cuyo objetivo es romper con las condiciones del conocimiento científico que se encuentran en paradigmas que comparten la lógica de la Ciencia Experimental Moderna. Como alternativa al proceso hipotético-deductivo, la investigación cartográfica prioriza la reunión y la construcción de un plan común entre los participantes y el investigador. La propuesta está referenciada en el paradigma emergente de la Filosofía de la Diferencia por Gilles Deleuze y Félix Guattari. El punto de partida de la investigación es el análisis de la implicación del investigador, un recurso del Análisis Institucional de René Lourau que permite una lectura de los cruces institucionales dentro de la situación de intervención. Tales experimentos se presentan en primera persona, ya que el investigador es el vector de la demarcación de la interinstitucionalidad y el mapeo de las líneas que se refieren a la actuación de psicólogos en el contexto jurídico. Los cursos seguidos indican la reflexión sobre modos especializados de práctica profesional, en un escenario de precariedad macro y micropolítica, que producen jurisdicción, especialmente en la interfaz con los establecimientos de políticas públicas de asistencia social. La producción de datos apunta al endurecimiento en la complejidad del dispositivo de Protección Integral, es decir, la reproducción de modos de acción y conocimiento psicológico de naturaleza eminentemente experta para individuos, familias, niños y adolescentes en situaciones de riesgo y vulnerabilidad social; pero también para iniciativas creativas e innovadoras en las prácticas encontradas, tendencias en cuidado y atención que van más allá de los contornos institucionales. Los participantes señalan procesos históricos de consolidación de sus actividades, en una perspectiva centrada en los derechos sociales, que actualmente contrasta con la falta de recursos humanos, con condiciones de trabajo precarias y situaciones que obstaculizan la viabilidad de la protección integral de la población infantil y juvenil. Finalmente, la validación de datos está vinculada a la dimensión participativa, que indica una construcción colectiva entre el investigador-trabajador y los profesionales en los procedimientos que apuntan a una intervención-investigación.


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